sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

" Tão Bom "

" A estupidez geral " Dizem que nós humanos apenas usamos um décimo dos nossos cérebros. Haverá mais convincente demonstração da nossa estupidez? Como sabemos que é só um décimo? Como é que achamos que um décimo é pouco? Um décimo pode ser, comparado com outras espécies ainda mais estúpidas do que nós que são obrigadas a usar 100%, só para terem uma única hipótese de sobreviver, sensacional. Quando se é novo pensa-se que tudo é uma questão de estudo e de explicação. Mas não é assim. O problema é a enorme variedade de explicações incompatíveis. Infeliz ou felizmente há uma explicação estúpida para todos os níveis de ignorância, que são muitos. A inteligência é o contrário da sabedoria: é a dúvida. É saber quais são as coisas das quais se pode (e não apenas se deve) duvidar. A inteligência é saber receber de neurónios abertos o prazer de nunca poder saber ao certo. Quanto mais se vive e se pensa mais se vê que a estupidez se cola à certeza. Quando a certeza dá jeito, simplifica e elogia quem a tem (como acontece em todos os racismos): é um sinal infalível de vistas curtas, egoísmo e vaidade. A estupidez era considerada como uma ligeira e aleatória deficiência: compreendida, aceite e descontada. Hoje é vista como uma espécie de inocência: como se a cegueira fosse uma prova física da falta de facciosismo no que toca à escolha das melhores cores e luminosidades. A estupidez generaliza-se por ser tratada como especial. Sim, é. Mas é, sobretudo, estúpida. MEC in Público

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

" Sem tirar palavrinha , subscrevo inteiramente "

Portugal tem um escritor genial vivo, talvez o seu melhor prosador desde sabe-se lá quando, um escritor daqueles mesmo bons, comparável a, vá lá, Dostoiévski, Faulkner e companhia. Sabemos que nem tudo o que esse escritor escreveu é brilhante. Escrever um livro genial já é tarefa gigante para um animal. O escritor português genial não é obrigado a parar de escrever ou a calar-se só porque é génio ou porque as hienas farejam o palco. O génio faz o que lhe apetece. Até morrer. Ser humano e ser livre implica fazer o que se quer. Que lhe interessam as hienas, aqueles que sentem o cheiro, que possuem nome, carreira mas não obra, que vivem dos amigos, a publicar os amigos, a entrevistar os amigos, a blá blá com os amigos? Que interessam os recensionistas/recensioneiros/recensionadores? Que interesse tem a palha para quem está ao nível dos melhores mortos? “É repetitivo”, argumentam os que mal o leram, que mal leram o que quer que seja. “É enfadonho”, ladram outros, carcomidos pelo tédio mas vaidosos o suficiente para também desejarem um lugar ao sol. Vergamo-nos quando o génio passa ou assim nos deveríamos comportar se fôssemos educados para valorizar aquilo que temos de melhor. Não é assim, não fomos educados para respeitar e admirar os nossos melhores. Ortega y Gasset explicou muito bem a tragédia que representa a ascensão das massas ao poder. Desaparecem as minorias, as elites, passamos a ser governados pelo povo. Coitados de nós, governados por gente igual a nós. Pela senhora da mercearia. Pelo sapateiro. Pelo contabilista. Miseráveis. O sapateiro não aprecia génios. Coitado, o sapateiro faz os melhores sapatos, mas não obras de arte, não este sapateiro de Gasset, este só produz sapatos banais, sapatos à sua imagem. É por aqui que passa o problema. Queremos baixar a bitola. Comparamos Bernardos Santarenos a Shakespeares não apenas por ignorância, também por má-fé, por inveja, por não sermos capazes de nos transcendermos. O Nobel para outro português? Sim, se não for para o génio, se cair na algibeira de um dos nossos, de um normal. “O génio não vende”, sussurram alguns iluminados, vendeu mil e seiscentos exemplares. Que interessa que a crise tenha destruído o mundo? Há trinta anos vendia trinta mil. Agora vende mil. O génio não vende e isso é muito importante para quem nunca vendeu, para quem vende com sorte cem exemplares do seu "trabalho artístico", se a apresentação do livro contar com vinho e leituras animadas num ambiente em que se possa fumar. Questões minúsculas só podem ser relevantes para quem deseja ser relevante. Falar acerca de anjos caídos, muito bem, o debate interessa. Podemos começar a falar daquilo que os génios venderam ao longo dos séculos. Dos génios que não foram publicados em vida. E depois chamamos o director de vendas da FNAC para dar a sua opinião. Paulo Rodrigues Ferreira in blog Enfermaria 6

" Da Humanidade "

"Que Descanse em Paz a Cidadã exemplar , uma voluntária exímia que tantas alegrias deu aos milhares de crianças e técnicos que pelos hospitais passaram.Obrigada por tudo Maria Zamora , Sra Nariz Vermelho."

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

" Génio Vivo , Orgulho meu Querido "

As Pessoas que nunca o leram esgotaram-se na má literatura . E as que o deixaram de Ler têm um défice cognitivo emergente. Todas as restantes as que o Amam orgulham-se de ter chegado até ele.Gratidão e orgulho !

" Calar a 2fra "

" Uma passagem de claridade atravessa-nos quando sabemos que toda a segunda -feira mortiça se extingue , pasmada de vazio e soslaio , frieza de sadismo do aguentar , pelo peditório de um sábado ou domingo que nos suspendem ... à dimensão da espera " 3feira é Outra Categoria Nesta Gente

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

" Eufemismos valentões "

Perturbação narcísico/ cristã-> uma pessoa virar a direcção do vento para dentro do seu cú e gritar que um ciclone impede o céu de respirar .Gente intemporal , com tragos de mata rabos .

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

" Do Nóbel "

" O gesto é o caminhar de uma frase no espaço " José Saramago in " Deste Mundo e do Outro "

" Escrever a meias com o Pessoa "

" São aquelas pessoas que me põem na garganta do espírito o nó salivar do desgosto físico "Fernando Pessoa in Livro do Desassossego .Eu acrescentaria , talvez sejam estas , aquelas pessoas que nos fixam irreparavelmente ao cheiro dos vivos , Graça Noutra Gente

" Da Cautela "

" O próprio cérebro , sobre o qual me encosto grava-se matematicamente contra palavras irreflectidas " Ermínia Noutra Gente

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

" Pharmácia "

" Paula Teixeira da Cruz ex PSD actual Bloquista -» quer a despenalização das drogas leves.E todos nós já sabíamos( pela falta de sensatez ) que só o Marlboro , não lhe tranquilizava a voz...Melhor do que isso foi a sugestão da venda destas drogas nas farmácias , que, segundo ela traria benefícios para todos os cidadãos.Ou seja , muitos dos genéricos foram retirados por a cartela não cheirar a cú lavado e a verbas desejadas ao Estado , contudo os charros e quejandos podem ser o corrimão para tanta coisa , se amparados pela elegância de uma loja prescrita , chamada farmácia ."Graça Noutra Gente

domingo, 8 de fevereiro de 2015

" Empatar já no amanhã "

" O Benficanz tem mau empatar . Custa-lhes a sorte de um destino cagão não perderem um jogo. Aos 93 minutos , um relógio normal incorrupto , tinha o jogo terminado.Os adeptos têm vergonha de falar sobre a sorte aduaneira ...Quando uma coisa ilegal não é anulada , é porque os minutos lhe saem pelas estribeiras.Ou seja , o benficanz empatou porque se desnortearam alguns minutos do tempo vigente .Porque eles no tempo norteado não tinham nenhum golo válido. "Graça Noutra Gente

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

" Débil "

Ao perpetuar a minha tara diária chamada bordejar o dicionário , descobri a patologia major de cavaque silva -» JAR-GO-NO-FA-SIA . Quem quiser que analise em escorço o significado "Ermínia Noutra Gente

" Soslaios pequenos "

" Meta-phora em grego significava etimologicamente o transporte de um lado para o outro " Bragança de Miranda diria : " Um exercício de pensar atento às analogias e correspondências , aos traços que unem pedaços do mundo da experiência , que unem , enfim , os seus fragmentos " Exemplo : Quando um autocarro se atrasa num transporte é porque alguém imagina coisas a mais a acontecerem na extremidade do outro lado , mas que, para a empresa produto da actividade rodoviária de um passe , nada foi de concreto ... talvez usem mal o apelo da desculpa e isso parece-me de metáfora com âncora.Fazem-nos bardamerdas sem preceito " Graça Noutra Gente

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

" Dos maus hábitos "

" O sentido de justiça nas acções humanas está assente em manifestações de nobreza . Por falta disto , o que para parte dos portugueses diz respeito à perícia política ... atira-nos para processos incorrectos de habituação " Graça Noutra Gente

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

"Quando a decadência descarna "

" O processo de autofagia em Portugal tem a ver com o facto de alguns seres humanos não respeitarem as necessidades cabais do próximo ... não lhes reconhecerem os mínimos de felicidade e harmonia.A falta de alteridade é muito castanha e emburrece o produto social. "Ermínia Noutra Gente